Perdas auditivas afetam os frentistas
Barulhos no local de trabalho afetam a saúde auditiva
Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria apontou que frentistas podem sofrer perdas auditivas. De acordo com o estudo, os profissionais que atuam nos postos de combustível podem apresentar alterações na capacidade de ouvir altas frequências e prejuízos no reflexo muscular que protege o ouvido interno de ruídos altos.Foram avaliados 24 frentistas - 21 do sexo masculino e três do gênero feminino, com faixa etária entre 20 e 40 anos - de três postos de gasolina de Santa Maria. Os resultados deles foram comparados aos de outras 24 pessoas não expostas a agentes nocivos à audição – o chamado grupo de controle.
Como os frentistas foram afetados?
Os
exames realizados para analisar a audição deles foram audiometria tonal
liminar, audiometria de altas frequências e imitanciometria. Foram estudados os
limiares auditivos nas frequências convencionais e altas frequências e ainda a
integridade do arco reflexo em frentistas.
Todos os
sujeitos trabalhavam na plataforma de abastecimento do posto, ficando expostos
a vapores dos solventes orgânicos que compõem a gasolina. O tempo de exposição
variou de um a 17 anos pelo fato de alguns frentistas terem trabalhado a vida
toda em postos de gasolina.
Os
sujeitos deste estudo estavam expostos somente a solventes e não apresentaram
alterações em nenhuma frequência da ATL. Por outro lado, foram registrados
audiogramas alterados em trabalhadores expostos a solventes e ruído, onde se
observou 63% dos sujeitos com rebaixamento em uma ou mais frequências altas uni
ou bilateralmente.
Por que os frentistas sofrem as perdas auditivas?
A média
dos limiares da audiometria tonal liminar e da audiometria de altas frequências
foi superior no grupo estudo em todas as frequências testadas. A ausência de
reflexo contralateral foi maior no grupo estudo em todas as frequências
testadas.
A
conclusão foi que frentistas podem apresentar alterações cocleares e centrais.
É que os frentistas expostos
a ruído e solventes e trabalhadores expostos a ruído e tolueno apresentaram
maior prevalência de perda auditiva neurossensorial, atingindo principalmente
as frequências de 3 a 6 kHz, quando comparados a outros grupos.
Não
deixe sua saúde auditiva para depois.