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Como os aparelhos auditivos podem ajudar o cérebro?

03/02/2020

A audição está diretamente ligada ao cérebro, principalmente porque o entendimento do discurso é um processo cognitivo e não mecânico. Em outras palavras, nós ouvimos com o cérebro e não com os ouvidos, diferente do que muitas pessoas pensam. No artigo de hoje, vamos abordar a forma como os aparelhos auditivos podem auxiliar o cérebro na compreensão dos sons. Confira!

Sistema auditivo e a compreensão dos sons

Dentre todos os sentidos do corpo humano, a audição é o primeiro a ter o desenvolvimento completo em termos de origem. Isso porque o seu funcionamento tem início próximo às 16 semanas de gestação, tornando possível que o feto corresponda aos estímulos do corpo materno e do ambiente externo. Esses estímulos são mecânicos – por meio de ondas sonoras – e as estruturas que formam o sistema auditivo captam, transformam e os transmitem ao córtex cerebral, onde serão interpretados e armazenados.

Dessa forma, é possível dizer que os sons percorrem um longo caminho até se tornarem compreensíveis, visto que as orelhas são responsáveis por receber os sons, e o cérebro por processar e dar sentido a eles. Por isso, quando o indivíduo tem dificuldade de ouvir, o cérebro busca alguma forma de preencher essa lacuna, em um processo exaustivo, que pode acarretar cansaço e dor de cabeça. Com isso, pode-se concluir que uma boa audição não significa fazer sons suficientemente altos, mas ajudar o cérebro a entender os sons que você ouve. 

Como o cérebro processa o que escutamos?

Em uma pesquisa realizada por neurocientistas americanos, foi identificado o mecanismo responsável por processar e interpretar os sons da fala dentro do cérebro. Segundo os autores, a frequência sonora das palavras é o que determina a parte do sistema auditivo em que elas serão decodificadas. Através do mapeamento do local onde as palavras, sílabas e fonemas são ‘escutados’, os pesquisadores puderam criar um “manual da audição”.

Com isso, torna-se possível direcionar o desenvolvimento de novos aparelhos auditivos com capacidade de entender os sinais cerebrais dos usuários que não podem falar, e transformar esses sinais em sons ou palavras escritas. Os resultados da pesquisa foram vistos com grande entusiasmo entre estudiosos da área, pois representam um avanço nas tecnologias para pessoas com perda auditiva, através da otimização da capacidade dos aparelhos.

Benefícios dos aparelhos auditivos para o cérebro

Um estudo divulgado recentemente acompanhou 3670 pacientes durante 25 anos para avaliar os efeitos do envelhecimento sobre o cérebro humano. Dentro desse estudo, também foi observada a chamada “audição cerebral” e sua evolução ou progressão ao longo dos anos nestes indivíduos. 

Os dados comprovam que pacientes que se queixavam de perda auditiva e não usavam aparelhos apresentavam uma queda cognitiva superior à média avaliada quando comparados aos pacientes sem queixas auditivas. Enquanto isso, nos pacientes com perda auditiva que fazem uso de aparelhos, a evolução dos testes cognitivos manteve-se semelhante aos pacientes sem surdez. 

Com isso, foi concluído que restabelecer a melhor audição possível por meio de aparelhos auditivos e implantes, além de promover uma melhora na capacidade de ouvir e compreender a fala, também possui um papel fundamental na manutenção da saúde cerebral. 

Como escolher o aparelho auditivo?

O uso ativo de aparelhos é capaz de trazer inúmeros benefícios ao dia a dia das pessoas com perda auditiva, facilitando sua interação social e atividades no trabalho ou escola. Além disso, também estimulam o cérebro, diminuindo o risco de declínio cognitivo acelerado.

Por isso, é importante contar com profissionais experientes para obter um diagnóstico preciso sobre seu grau de perda auditiva e identificar qual o melhor aparelho para o seu caso. O Instituto Ouvir está à disposição para ajudar você a conquistar mais qualidade de vida através da sua saúde auditiva. Entre em contato e agende uma avaliação.